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quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Era só ela e a frustração

Ela só queria esquecer daquilo que estava domando seus pensamentos, era a hora certa pra ela se lembrar daqueles momentos que foram engraçados e começar a dar risada sozinha. Estava difícil, ela já não enxergava, nem falava nada, tinha um nó em sua garganta, uma sensação péssima tomando conta, seus olhos tremiam avermelhados dando indícios de choro. O tempo estava parado, nada se movia. Só desespero. Fleches de cenas desprezíveis apareciam a toda hora, ela ouvia vozes dizendo frases horríveis, gemidos e coisas nojentas que embrulhavam o estômago. O ódio já tinha tomado conta de si, a partir daí, ela já não era mais responsável pelos seus atos. Seu sangue estava borbulhando e seu corpo estava anestesiado, sua mente paralisada naquilo. Ninguém para lhe ajudar, ninguém para conversar, ninguém para espancar. Era só ela e a frustração.

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