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segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Hurt

Me desculpe por te culpar
Por tudo que eu não pude fazer
Eu feri a mim mesma... ao ferir você.

domingo, 29 de dezembro de 2013

Vácuo

Eu estava aqui quando você precisou de mim, independente de ter deixado claro que não era eu quem você queria...

Líbido Sombrio

E da minha boca escorria aquele líquido púrpuro
Com gosto de amora estragada
Mas mesmo assim você lambia e mordia
Saboreava o líbido sombrio o qual a mim não pertencia
Lubrificava e se espantava com a velocidade do desejo
Ardente como a bola de fogo que se expandia sobre a cortina a qual nos escondia
Você gritava, eu calada
Apenas ouvindo os sinos que encoravam minha cintura
Um som perturbador, delirante de frieza
E quanto mais eu o sugava para dentro, buscando o apelo
Menos eu encontrava os vestígios desencadeados daquele incêndio
Menos eu encontrava os singelos pedaços que eu acho que restaram de mim.

Aniquilei

Me observe com olhar de desprezo agora
Como se eu estivesse indo contra a minha própria ideologia
Aliás, como se me conhecesse...
Me olhe com nojo
Ridicularizando minha imagem
Eu te disse, não acredite em mim...

Nunca estive tão egoísta e tão narcisista em toda a minha vida
Criei uma força tão grande no meu peito, uma determinação, que me faz me sentir levitando
É incrível como eu mudei tanto depois que decidi ser livre
Arranquei aquelas correntes que prendiam minhas pernas, também aquela corrente que me erguia pelo pescoço para fingir que estava tudo bem
Foda-se
Eu estava sufocada
Então me desapeguei de tudo que não era necessário
E aprendi que a vida pode ser surpreendentemente maravilhosa, basta querer vivê-la.

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Além dos sentidos

Sinto falta de escutar aquela risada escandalosa, tão gostosa...
Que mostrava você presente por completo na minha vida

E agora estou eu entre quatro paredes brancas procurando refúgios e eu sequer me encontro nessa claridade
Finalmente não restou nada, nenhum vestígio seu...
Te apaguei por completo.

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Até então...

Eu sou o que você precisa
Te prometo uma aventura nova a cada dia
Te prometo nunca te deixar no tédio
A loucura pode assustar a alguns, mas eu sei que a minha te encanta
Sei que não posso mais ficar sem seu abraço
Te dou a oportunidade
O sonho de qualquer homem do universo
Um romance complexo
Completo de paixões e devaneios experimentais
Não te impedirei de caminhar na direção que quiser
Eu te acompanharei
Porque comigo você sabe que é libertador
Eu despertei um lado seu que não conhecia
E nós estávamos adorando isso...

sábado, 2 de novembro de 2013

Sobrevivência

Não fuja do espelho
Abra mão de seus apegos
Se encare
Encare a todos
Mostre poder no seu olhar
Levante a cabeça
Mecha o nariz de uma forma discreta
Pense o quão foda você é
Não deixe te derrubarem
Caia sozinha
Se entregue
Confie
Deixe queimar
Toque...
 

domingo, 27 de outubro de 2013

Ela é carne para uma rainha!

Ela tinha mais a oferecer com apenas um olhar a um homem, do que a maioria das mulheres dá numa vida toda.
Ela sabia o que queria e não se preocupava em como conseguiria
Amá-la era como fazer um pacto com o diabo...

sábado, 26 de outubro de 2013

Porcelana

Vou sendo perigosa
Glamorosa, porém inconsequente
Vou cambaleando para fora do palco, vou cambaleando...

Meu amor, sempre te achei bom demais pra esse mundo
Vem cá, chega aqui pertinho
Se eu te pedir com jeitinho
Você pode ser meu herói?

Porque eu sou louca
Eu preciso que você venha e me salve
Seja o meu homem e então eu serei sua estrelinha, chapada, rainha da cidade

Você não sabe o que faz comigo
Você é mais pesado que o paraíso
A vida na correria me libertou, sou livre agora...

Você é tão dopado
Seu amor é mortal, delirante
E eu não sou nada sem você
Então pare de roubar nossas imagens gravadas na minha memória
Pare de roubar...

Eu posso ser sua boneca de porcelana
Se você quiser me ver cair
Posso ser sua boneca de porcelana
Se gostar de me ver cair

Eu estou vivendo um dos meus melhores sonhos fudidos
Meu querido, como consegue gostar de mim agora?

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Maldição

Eu escolhi essa vida
É obvio que sinto falta daquele amor recíproco
Que consequentemente se tornava um descanso físico e mental

A magia em enxergar tudo mais belo

O arrepio e a palpitação exuberante
Eu sinto falta...

Eu poderia ter isso tudo

Seria magnífico
Mas tudo se foi em um piscar de olhos
Uma atitude, uma decisão e por fim, a última conversa
Não pense que foi fácil

Necessário...

Um desejo que me corroía por dentro
Um vício maior do que a consciência
No fundo os seres dentro de mim imploravam por adrenalina

Vamos usar...

"Não se preocupe, eu sei controlar"
E em um instante eu me via estagnada num ponto nulo

O costume...

"É isso que eu quero, é assim que eu sou"
E todos me perguntavam
"Por quê?"

Isso não é falta de amor

Apenas excesso de desejos que precisam ser saciados
Que consistem num poder tão forte ao ponto de me dominarem

A vida é tão curta...
Fui tomada pela loucura
Que seja intenso então

O difícil nunca foi dar os passos
Mas sim ficar em pé

Me desculpe, fui fraca
Eu me entreguei.


terça-feira, 30 de julho de 2013

Passiflora

Vou te contar um segredo...
As minhas respostas são sempre as mesmas pra tudo, todas são relacionadas a um curto período de tempo.
Essa dificuldade em saber o que eu quero, o que vou fazer, o que vou ser... Aliás, eu existo?
Raramente gosto das coisas de primeira, eu simplesmente me acostumo com elas.
Todos os dias almoço o mesmo prato, em todas as formas de comemorações eu bebo a mesma bebida, tento sentar sempre no mesmo lugar, passar pelo mesmo caminho...
Eu apenas quero ser "normal".
Eu não minto, apenas escondo as verdades, verdades as quais nem tenho certeza de que são.
E quando me perguntam quantos anos eu tenho, todos se surpreendem e falam que pareço ter vivido bastante.
Eles não entendem, não é questão de tempo e sim o modo como vivo.
É tudo tão intenso, o medo de não conseguir escolher, a coragem que desaparece, o corpo imóvel, o pavor de não ser compreendida, faz com que eu não seja.
Nessa vida não me interessa onde eu vou estar daqui a uns anos, e sim, se estarei viva, se saberei realmente o que ainda não sei que preciso saber.
Eu não tenho a vida perfeita como pensam, eu não sou sincera como mostro ser, eu nunca tenho coragem para nada, eu, eu e eu...
Infelizmente você não está nos meus planos.
Mas não se sinta mal, amanhã vou acordar acreditando em algo totalmente diferente do que estou dizendo agora.
Só peço que saia dos meus sonhos antes que eu te machuque.
Boa noite!

quarta-feira, 15 de maio de 2013

Escaravelho

Não fazem ideia do quanto é difícil...
Eu ouço "Foco! Você tem coisas para fazer"
O maldito corredor, a maldita recepção
E quando me pego pensando, me perco na nossa bagunça
Nossa bagunça que estamos ajeitando aos poucos
Os pequenos detalhes que não deixamos passar
Uma simples passada de mão que não deixamos de apreciar
Um sorriso conquistado com vitória, só eu o mereço!
A fuga do mundo e o segredo que nos mantém
Um dia de felicidade, uma noite de prazer
Um dia de obrigações, mas não importa se eu estiver com você
Chorando desesperada, você não se afastou
Gritando aos prantos, você não me calou
Um abraço que me dá calafrios só de pensar em não o ter mais
Todos sabem que estou com medo
Você sabe que eu estou tremendo de medo
Mas eu me mostro ser mais corajosa do que dizem
Estou disposta a enfrentar qualquer coisa
E o melhor de tudo...
É que "tudo" não é necessário
O tempo é o bastante
E eu digo "Sou doente, isso não é normal... Como uma pessoa pode ser assim? Fazer as coisas assim? Sentir isso tudo dentro de mim?"
E você olha nos meus olhos, sorri e diz que sou perfeita.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Autonomia

Eu faço as minhas regras. Ninguém melhor que eu para determinar o que é certo e o que é errado. Enquanto eu estiver em paz com a minha consciência, nada nem ninguém vai me dizer o que devo ou não fazer. É simples.

Ô vida!

Dizem por ai que a vida é boa, algo maravilhoso que devemos valorizar cada segundo, mas eu me pergunto... Se é tão boa assim, não seria melhor se vivêssemos ela mais intensamente do que o óbvio? Porque não podemos ter mais de uma personalidade? Mais de uma preferência? Mais de uma escolha? Mais de um cabelo? Mais de um estilo? Mais do que uma filosofia de vida? Porque não podemos ser mais de uma pessoa ao mesmo tempo? É intrigante...

domingo, 3 de fevereiro de 2013

Inacreditável

Eu não tenho culpa de me aborrecer pelo fato de não curtir o que você curte
Não tenho culpa de ficar entre o preto e o branco enquanto você está só no amarelo
Eu odeio o amarelo!
Mas não posso fazer nada pra mudar isso

Eu não tenho culpa se você é um idiota e me faz chorar
Só tenho culpa em ter aceitado essas condições...

Você não tem culpa de ser assim
Você não tem culpa se sua mente foi dominada pela maioria
Que segue um certo padrão dentro de uma escala tão pequena
Você não tem culpa de ser tão fudido

Você sem querer é brilhante
É inacreditável
E isso me mata de raiva
Me sufoca
Entro em constante delírio, na espera de uma história adequada

Eu não tenho culpa de ser fraca
E de me entregar totalmente
Tentando aceitar e entrar nesse padrão
Tão fútil ao meu ver, fazer o que?
Por você eu faço qualquer coisa

Eu não tenho culpa de falar tudo o que eu penso
De te assustar com certas atitudes
De ser escrota ao ponto de você não me querer mais

Eu não tenho culpa de ser assim
Tente me entender...


quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

- Luanny, por que você tem depressão?
- Por que você NÃO tem depressão? Como consegue? Eu não entendo... sério!

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

As pessoas não entendem...

As pessoas não entendem que eu sou do jeito que eu sou porque sou tímida. Quando "pequena" descobri que você precisa chamar atenção para não ser notado, é como Psicologia reversa.
As pessoas não entendem que eu mudo de aparência frequentemente por necessidade de me sentir bem e que minha auto-estima não é "das melhores".
Algumas pessoas falam que meu sorriso é bonito e que eu sempre to sorrindo, geralmente é porque eu to com muita vergonha e não consigo dizer nada.
Faço algumas coisas, tomo algumas atitudes e as pessoas ficam me questionando, querendo saber o porquê, mas eu não sei o que responder, eu não sei o porquê de nada. Com isso acabei acreditando apenas no que está a "minha frente", apenas no que eu estou vivendo no momento.
Não quero que me façam perguntas, eu quero respostas!
De último, quero deixar claro que sou contra aquela frase típica "atitudes mostram mais do que palavras". Palavras têm importância, na maioria das vezes são verdadeiras, porém a vergonha não deixa concretizar.
As pessoas não entendem.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Sobre lençóis

E eu me deito
Me contorcendo sobre os lençóis
Os quais não quero perto

Olho para janela e me pergunto:
"Cadê minha cortina?"
Já não posso me esconder mais

Falso corpo
Falsa pele
Falso cabelo...
E eu me sinto uma diva de Hollywood
A quem estou querendo enganar?

Não tenho coragem para falar
Não tenho vontade de parar
E assim vou me remoendo

Palpitando meu coração continua
Mais rápido do que o normal
E minha mente me dizendo
Para esquecer tudo

Vejo sua foto
Fumo um cigarro
Cai uma lágrima...
Eu respiro
E assim, me vigio

São quilômetros de distância
Mas qual será o limite?
Eu cheguei no limite?
Quanto tempo levará para eu perceber que quem eu preciso é você?

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Sossego da lua

(Brooke acende um cigarro)
Dean: Quem foi o idiota?
(Brooke se assusta, pois não tinha reparado Dean se aproximando)
Brooke: Que idiota?
Dean: O que você teve que terminar recentemente
Brooke: Como sabe que terminei?
Dean: Você é sem duvida a garota mais bonita dessa festa e está aqui bebendo e fumando sozinha, já reparei dois caras vindo aqui e saindo com um “não”.
Brooke: Que observador...
Dean: E também perguntei pra sua amiga porque você estava aqui sozinha e ela me disse.
(Brooke sorri)
Brooke: Mas você está errado.
Dean: Por quê? Foi ele que terminou?
Brooke: Não... Eu não sou a garota mais bonita da festa.
(Dean ri)
Brooke: Te conheço de algum lugar? Você me parece familiar...
Dean: De uma outra vida talvez. Não sou daqui, primeira vez que venho aqui.
Brooke: De férias?
Dean: Na verdade precisava respirar ares novos.
Brooke: Ela ou você?
Dean: Como assim?
Brooke: Sua ex ou você que terminou o namoro?
Dean: Que observadora...
(Os dois riem)
Dean: Eu. Depois de vê-la na cama com outra mulher.
(Brooke começa a rir)
Dean: É... Pode rir da minha desgraça.
Brooke: Desculpa, não foi essa a intenção mas não consegui evitar.
Dean: Tudo bem. Eu também começo a rir quando lembro.
(Dean acende um cigarro)
Brooke: E quando você volta pra sua cidade?
Dean: Amanhã.
(Brooke pega seu maço de cigarro e isqueiro)
Dean: Espera aqui?
Brooke: Sim...
(Dean sai. Brooke acende outro cigarro. Ajeita seu cabelo. Sorri sozinha e continua fumando)
Dean: Toma...
(Dean entrega uma cerveja para Brooke)
Brooke: Obrigada.
Dean: Vem comigo, quero te mostrar uma coisa...
(Dean pega na mão de Brooke e a leva para o segundo andar da casa onde estava tendo a festa)
Brooke: Pra onde estamos indo?
Dean: Estava procurando o banheiro e entrei num quarto....
(Dean abre a porta do quarto)
Dean: E achei isso.
Brooke: Um telescópio?
Dean: Sim! Olha...
(Brooke olha no telescópio e vê a Lua)
Dean: Linda né?
(Brooke observa cada detalhe)
Dean: Algumas vezes eu desejava estar na Lua. Sozinho. Observando todos aqui na Terra. Sem ouvir nada, apenas o silêncio.
Brooke: Eu também...
Dean: Então posso adicionar uma cadeira na nave espacial que to construindo lá em casa.
(Brooke sorri e para de olhar pelo telescópio)
Brooke: Pode ser...
(Dean olha para Brooke e ajeita seu cabelo para atrás da orelha. Brooke coloca a mão na cintura de Dean. Os dois se beijam)
Dean: Não...
Brooke: O quê?
Dean: Espera...
(Dean dá outro beijo em Brooke)
Dean: É... O melhor beijo da minha vida.
(Brooke sorri)
Brooke: Besta.
(Os dois se sentam na varanda e olham para Lua enquanto conversam e tomam cerveja, durante horas)
Brooke: Tenho que ir...
Dean: Eu também, meu vôo é daqui 3 horas.
(Silêncio)
Brooke: Até algum dia?
Dean: Quem sabe, espero que sim.
(Os dois se levantam. Se despedem. Brooke vai até a porta)
Dean: Espera... Não perguntei seu nome.
Brooke: Brooke. E o seu?
Dean: Dean.
(Os dois sorriem)
Brooke: Adeus Dean.
Dean: Adeus.
(Brooke sai e fecha a porta. Dean vai até a porta e coloca a mão na maçaneta. Um de cada lado. Brooke encosta a cabeça na porta e chora. Dean tira a mão da maçaneta. Brooke vai embora).


J
ohn Schmid

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Roupa casual

Caminhando na avenida principal
Assim que te avistei, me fiz de despercebida
Era madrugada e estava escuro
Mas eu me lembro muito bem da sua camiseta encardida

Nunca quis tanto tirar
O meu vestido preto favorito
Descalço e com um cigarro na mão
Você se fez de genuíno

Os passos foram aumentando
O tempo foi se passando
E você não parava de me olhar
E eu de me insinuar

Estavamos perdidos e encontramos o mesmo caminho
Foi toda a situação que fez eu fantasiar
E eu te clamava com os olhos
E você só a ignorar

Como eu queria tirar
Aquela camisa que tanto me irritava
E terminar de rasgar aquele jeans desgastado

E eu torcia para que a luz do poste apagasse
Talvez no escuro você não se escondesse
Talvez sem olhar nos meus olhos, você se entregasse

Como eu queria tirá-lo de mim.


Não, talvez, sim!

Oh Carmen, porque me faz ser tão mentirosa?
Oh Kate, porque não me deixa querer viver?
Elas estão dentro de mim
Elas conversam dentro da minha mente
Ouço vozes se contradizendo
Sinto minhas mãos tremendo
Meu pulmão está sentido
Meu coração está abatido
Falsos risos...
Uma maneira ilustre e sensacional para se mostra bem consigo
Sonhos delirantes
Pesadelos humilhantes
Mas o medo eu não mostro em meu rosto
Um rosto tão inofensivo
Um ser capaz de tanta coisa ruim
E eu acordo
É mais um dia
As vezes prefiro o silêncio e a nostalgia
Me lembro de como tudo era tão fácil
As pessoas pensam que eu sou um certo alguém
Que existe esse alguém
Mas são apenas fantasias sendo fantasiadas
Oh! A quem eu estou querendo enganar?
Carmen? Kate? Estou lhes chamando
Por mais que eu me envergonhe, não as quero longe de mim.

sábado, 20 de outubro de 2012

Vibração

Muitas pessoas não entendem como eu consigo gostar de coisas tão semelhantes e tão opostas ao mesmo tempo. Não acredito que exista um ideal, algo perfeito para cada ser vivo desse planeta. Dizem que não podemos viver pensando no "amanhã", mas sim, no "agora". Será que estão certos sobre isso? Não há uma maneira de assimilar, um meio-termo? Tenho uma enorme repulsão a certas situações, um repulsão tão grande que me transforma em menos de instantes, mas ao meu ver, nada mudou. Mesmo que você esteja andando no escuro, mesmo que não tenha medo, talvez até de se machucar, você quer enxergar o que está além, você quer ver o que está na sua frente. Nem sempre o que precisamos é o que queremos, e vice-e-versa. Então eu simplesmente digo para sentir as energias, seguir os seus instintos, nada está pré-determinado, nós fazemos nossas escolhas e nós fazemos nossa história . Aprendi a lidar com essa forma de pensamento e para dizer a verdade, estou confortada.

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Pé de moleque

Isto é coisa de moleque
Que come pé de moleque
Se machuca e não sente dor

Que se perdeu no infinito
Depois que sua amiga se tornou o seu primeiro amor

Brincar descalço até tarde na rua
O que seria tarde então, doutor?
Ele amava o passar da noite e a lua
Mas essas noites se tornaram algo devastador

Pobre menino, pobre menino
Seu sonho não se realizou
Agora ele busca forças
Mas no futuro irá se tornar um avassalador.

Mais uma partida

Começamos errados nesse jogo, eu idealizei o que sentia e você trouxe a perfeição. Não levamos em conta a verdade, apenas aproveitamos de ótimos momentos e achamos que esses, seriam eternos. Quando mais eu dizia pra mim mesma que eu não deveria jogar, você apostava em mim, você apostava em nós, e assim, eu me entreguei. Você me hipnotizava! Assim como eu fazia com os outros, até então, nunca tinha achado alguém que me superasse, alguém com a mesma capacidade, alguém tão confuso quanto eu. Por sermos tão parecidos, acabávamos nos achando totalmente diferentes, para os outros, eramos opostos, opostos que se atraíram de uma forma intensa. Eu ainda não consigo entender, como eu não havia pensado nisso? É óbvio, sempre esteve na minha frente, como eu não pude enxergar? Fiz tudo errado, me afastei achando que era o certo, se eu soubesse que era como eu, saberia que um dia, não é apenas um dia, um dia pode mudar tudo. E enquanto lutava sozinha, tentando conseguir a vitória para nós, você estava em outro jogo e eu já não existia mais em seu mundo. Você abriu mão de tudo e eu nem tive chance de tentar mais uma vez. Sinto falta do seu abraço. Enfim, parabéns, você ganhou quando desistiu de mim, mas eu ganhei experiência, isso importa. E se algum dia, entramos em uma batalha, eu não vou te destruir, não vou te humilhar como você fez comigo, eu simplesmente irei vencer, isso basta.

sábado, 6 de outubro de 2012

Atração magnética

Eu precisava te dizer
Que tem algo em você
Que não me deixa crer
Não me deixa ver
Que há outras opções 

Porque tem algo dentro de você
Uma força magnética
Como você me atrai para dentro?

E eu fico perplexa
Com toda essa complexidade
Esse cheirinho de mistério
E o gostinho da saudade

Não me satisfez
Não me satisfaço com pouco
Agora não

Quem sabe
Talvez

Eu só queria entender
O que existe em você
Que me atrai tanto
De uma forma tão assustadora

Apenas mais uma dose
E seremos pecadores.

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Annie

Me sinto fraca, como se tivessem arrancado algo dentro de mim, um pedaço do meu coração, como se tivesse sido cortado e está aberto sem jeito de ser costurado, de modo como se nunca mais fosse cicatrizar. É uma dor tão grande, não uma dor simbólica, mas uma dor inexplicável, meu peito dói no sentido literal. Nada, nem ninguém pode concertar isso, e no momento não sei o que será de mim. Lembro de todas as noites, ela estava aqui comigo, do meu lado, ela era incrível. Antes de dormir eu a beijava e dizia o quão ela era importante e prometia que iria cuidar dela, pois sem ela eu não viveria. Eu faria qualquer coisa para tê-la de volta. Dizem que quando uma vida qe tem que acabar e é salva, outra é tirada. Eu mataria quem ou o que fosse. Eu faria qualquer coisa. Não tenho nem mais forças para chorar, meu rosto está tão inchado que eu ao me olhar no espelho, eu nem me reconheço mais, não consigo enxergar mais a mulher que eu era. Ao escrever isso em um dos meus cadernos, percebo que minhas mãos tremem desesperadas, quase não consigo decifrar o que está escrito. Não do mais um dia para começarem a "enfiar" remédios em mim, analgésicos, calmantes ou até anti-depressivos. Ninguém vai conseguir entender o que é isso tudo. Ela era como uma filha pra mim, minha pretalinda. Ela tinha um cheiro magnífico, que só ela tinha, nunca tinha visto/sentido nada igual. E quando eu tinha pesadelos e acordava durante a  noite, ela estava dormindo no meu travesseiro, como se soubesse que eu precisava dela. Após uma morte, o primeiro estágio é acreditar que aquilo aconteceu, chamam de "cair a ficha", depois vem o segundo estágio, que é ter raiva de tudo e de todos, um ódio ressentido, a procura de algo para culpar, sendo que na verdade não há culpados. O terceiro estágio, você aceita, fica mal e nada te alegra. Eu, acho que já estou no quarto estágio, o estágio o qual eu não sei explicar, é aquele que você não imagina o que será da sua vida. Nada mais faz sentido. Agradeço a todos que tentaram me ajudar, de verdade. É bom saber que alguém se importa. Agradeço também aqueles que apenas "se deram ao luxo" de perguntar o que estava acontecendo. Sinceramente, acho que desta vez eu não vou aguentar, vou endoidar de vez. Quero que lembrem-se de quem eu era, e de coisas boas que já vivenciei com vocês, me desculpem pelas ruins. Se tem algo que jamais vou esquecer, vai ser a hora eu que eu soube que algo horrível aconteceria, a hora em que eu senti que meu mundo estava sendo destruído. Minha visão ficou embaçada, eu tremia e uma enorme energia ruim estava sobre mim. 3h33min, se eu tivesse enfrentado o medo, talvez eu a teria salvo. Pois é, sou uma escrava do medo, e se alguém perguntar, por quê isso tudo Luanny? Eu irei responder: Porque era a preta, minha pretalinda.

sábado, 7 de julho de 2012

123

Você não faz meu tipo
Não parece comigo
E sinceramente, nem é bonito
É muito menos do que eu imaginei que fosse
É tão comum

Você não é inteligente
Não é independente
Não é especial

Você finge agir corretamente
Mas só bebe e fuma sem consciente
É a favor da legalização
Isto não é bom
Mas pelo menos sabe disfarçar

Fala a verdade
E diz que era brincadeira
Me da umas cantadas
Eu  acabo tendo que me fazer de besta

Fala da sua namorada
Diz que ama ela
Mas na hora de olhar para mim ou para ela
Você deixa claro
Quem está na sua reta

Você diz ser corajoso
Mas no fundo
Você é um medroso
Isso tudo é medo de abandonar
A mordomia e o sexo garantido

E eu repito
Você não faz meu tipo
Não parece nem um pouco comigo
E não é bonito
Então porque eu ainda corro atrás de você?


Quem sabe?


Estou intensamente rodeada de sinais
Não sei se levo a sério, talvez você seja um bom rapaz
Caminho lentamente a espera de um encontro
Mudei o meu trajeto, agora eu procuro em todos os cantos

Corpo, canto, eu digo, seduz
Queria mesmo é perder esse encanto
Quem sabe no futuro nos encontramos

Eu choro, grito, chamo e fico rouca
Alguém me ajude, pois já estou ficando louca
Procuro o tempo todo algo para te surpreender
Mas surpreender você é algo difícil de se fazer

Queria ter esse poder
De dominar o meu ser
E assim, finalmente dominar você
Me entregando totalmente, não tente compreender
Valorizando a linda arte de dar e receber

sexta-feira, 22 de junho de 2012

"Cellar Door"

Quero encontrar alguém que compartilhe
Que vivencie o fator medo
Quero provar de todos os gostos, gostosos
Saciar essa necessidade de extravagar

Viver uma vida repleta de mentiras
Em uma realidade não real
Apenas o lúdico, confuso

Apreciando cada segundo que posso te ver
Encarando esses olhos com pupilas constantemente dilatadas
Enfrentando assim, sua necessidade de solidão

Há quem saiba o que irá acontecer
Talvez não haja uma maneira de se defender
Está aqui a minha deixa, vou a procura do meu prazer.

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Interiormente

Um certo dia um menino chegou para a sua mãe e disse que estava cansado de ouvir gozações na escola, que todos seus amigos tinham o melhor brinquedo, aquele "do momento" e que ele era o único que tinha o antigo e baratinho, com remendas de fita crepe. Frustrado, com lágrimas em seus olhos, ele a implora. Ela o diz que não tem condições de comprar aquilo, além de ser caro era desnecessário pois ele tinha o dele. Ela não entendia como que nada o satisfazia, nunca estava bom, nada era o bastante. O menino então, sabendo que não ganharia o seu, começou a pegar emprestado de seu coleguinha. Os poucos minutos que ele tinha eram sagrados, ele se desligava de tudo ao seu redor, seus olhos brilhavam e seu sorriso encantava qualquer um que passasse por ali. Ele espalhava uma espécie de magia, uma sensação que tomava conta de todos, aquele sim era o momento mágico. Após umas duas semanas o menino já não se contentava mais com aquilo, ele queria mais que nunca que o brinquedo fosse seu. Com a "cara fechada", ele mal via sua mãe. As poucas vezes que ele saía do quarto ele passava rápido por ela para evitar conversas paralelas. Angustiada, ela resolve dar um jeito na situação, afina, que mãe gosta de ver seu filho triste? Ela então saiu mais cedo do trabalho para poder reformar o brinquedo. Tirou os remendos, trocou umas peças, pintou novamente, enfim, ele parecia novo. E o menino? Ele sabia que era o mesmo brinquedo.

Só não me ignore!


Você me vê e finge que não me conhece
Passa um tempo e você já me esquece
Não sei se devo te dizer mas garoto, você me enlouquece

Assisto um filme para me distrair
Daí eu lembro de nós dois aqui
Me sinto mal, isso não dá mais para mim

Sinto seu cheiro em todos os lugares
Vejo vultos, ouço sussurros
Estou em combate
Com essa loucura que existe aqui dentro de mim

Quando há de vir o dia do resgate
Quero fugir, reagir, destruir todos andares
Só assim vou sumir e viver dentro dos bares

As luzes se apagam e a janela bate
A porta se fecha e o incrível é que isso não me abate
É o jeito ficarei aqui com cigarros e meus míseros chocolates.

Na varanda


As vezes me pergunto
Como cheguei até aqui
Não sei se foi o vento
Ou aquele lindo jardim

Morava em um casebre
Móveis não tinham alí
Não sei como sobrevivi
Nestas condições que vivi

A falta de dinheiro
Não era o maior problema
A solidão que alí estava
Isto sim, era o meu dilema

Sentia falta do meu pobre companheiro
O tempo se passou
E ele se foi, tão lijeiro

Ainda aprecio o som daquela viola
Que era acompanhado pelos grilos alí de fora

Ainda aprecio os dias de lua cheia
Saiba que sempre estarei aqui de terça a terça-feira.

O segundo/primeiro encontro

O movimento natural dos seus cabelos
O som magnífico que saía da sua boca
O calor do seu abraço
O entreterimento
Aproveitei cada segundo do tempo que você me disponibilizou
E aquele sorriso lindo
Pois é, me conquistou.

domingo, 10 de junho de 2012

Pequenos versos, porém, grandes significações

Dê-me uma chance, me conheça
Arrume um tempo, não me entristeça
Temos o mundo todo para descobrir

Faça uma canção para mim
Cante-a para mim
Toque-a para mim
Mostre-me do que é capaz

Me conte seus segredos, seus maiores medos
Me faça favores, me ajude nas minhas incertezas
Saboreie-se da minha delicadeza

Siga meu cheiro, meu apelo
Me encontre na escuridão

Jamais me abandone, ainda tenho muito que lhe mostrar
Estou aqui me dedicando ao máximo para lhe falar
Que estou disposta a fazer você se apaixonar
Por uma louca, que como eu, ainda consegue sonhar

Peço-lhe apenas
Que caso não queira viver esta aventura
Me ensine como não te amar.

sábado, 14 de janeiro de 2012

Quem disse que felicidade não mata?

Vamos, continue rindo meu querido...
Está esperando o que?
Pode rir mais, até perder o folego
Está cansado?
Aqui não tem disso
Não precisa ser modesto
Acredite em mim
Quero ver você rir
Quero ver você ficar sem ar
Quero ver você engasgar
Quero ver você implorar
Eu não vou parar
Quero fazer você chorar
Até não aguentar e apagar.

Acredite!

Não perca a razão
Tudo está sobre o controle
Não perca a emoção
Não se importe com o que houve

Apenas sente aqui do meu lado
Escute o que tenho para falar
Não espere eu terminar
Caso precise me abraçar

Então não se esconda
Você não está sozinho nessa
Segure minha mão
E vamos ao o que interessa

Não tenha medo
Pois eu estou aqui
Não corra dos seus defeitos
Pois eu estou aqui para corrigir

Então seguiremos em frente
Não importa o que aconteça
Caminhando lentamente
Vai dar tudo certo
Não se esqueça...

Que eu estou com você não importa aonde estiver.

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Let's walk

Vamos caminhando
Até o fim derrubando qualquer obstáculo
Segure minha mão e eu te guiarei

Perdidos na imensidão
Ainda encontraremos nosso caminho baby
Não fique com medo, pois estarei sempre ao seu lado

E quando alcançarmos nosso objetivo
Sentiremos a brisa sobre nosso rosto
Ee o céu refletirá nos nossos olhos
Nos trazendo de volta a esperança que um dia perdemos

E depois de toda essa loucura
Iremos nos perder nos oceanos
Vamos deixar as ondas nos levar
Pois não importa onde estamos ou para onde iremos

Ainda encontraremos nosso caminho
Isso é certo, baby
Segure minha mão e eu te guiarei

Não fique com medo, pois estarei sempre ao seu lado.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Só besteira

Nossa, já faz um tempinho que não posto nada aqui... Eu começo os textos mas não consigo terminar, ta difícil.
Primeiramente quero dizer que to muito feliz, fazia tempo que não me sentia assim, me livrei temporariamente do meu transtorno de pânico, agora sim eu to vivendo. Estável mas ao mesmo tempo surpreendente, muitas coisas boas estão acontecendo, coisas que eu jamais conseguiria imaginar, mas estou indo devagar, quero ter certeza de tudo, quero arriscar sem arriscar se é que me entendem. Não vejo a hora desse época de vestibular acabar, não aguento mais! Já tenho projetos e planos pra fazer nessas férias, tive que arrumar né, se não eu ia morrer jogando dota. Além de tudo estou muito confusa, isso eu sempre fui mas ultimamente ta ao extremo, não consigo decidir nada. Tenho novidades, uma das minhas gatas lindas teve filhotes estou no total com cinco gatos e comprei uma iguana. Sobre a iguana não posso entrar muito em detalhes, quem me conhece sabe o porque. Enfim, cansei de escrever, os mosquitos estão me comendo aqui, vou dormir, só estava aqui esperando um amigo que eu gosto de conversar entrar mas to vendo que isso não vai rolar, então, beijos. Ah, quase ia esquecer, iria fazer um filme nem trash da minha estória em janeiro, "Kate Evans" tem aqui no blog, terminando eu posto aqui pra todos verem, haha.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Não há esperança, não há solução

Meus dentes rangem na madrugada
Meus olhos não enxergam mais
Meu coração nunca vi tão
disparado

Desamparada a cada passo

Já não sinto mais meu corpo
E quando sinto uma pena causa dor profunda

Não precisava nem dizer o que eu ouço
São barulhos, perturbantes, agonizantes
Vozes, gritos, tenham piedade

Como isso está me consumindo
Nem sonhar mais eu consigo
Estou vivendo sem esperanças
Sem desejos

Não acredito mais em nada que possa me segurar
Não sei se posso continuar
Eu queria em algo acreditar
Mas a vida não me da escolha

Minhas mãos tremem a todo momento
Minhas unhas racham, quebram
Meus olhos perderam o brilho

As estrelas não me encantam mais
Elas me assustam

Não há mais sentido
Nada tem sentido
Nunca teve sentido

Porque meus olhos não se abrem mais?
Meu cabelo não cresce, só cai

Estou em um precipício prestes a cair
Eu só preciso que o céu colabore
E faça ventar mais forte

Assim eu não causarei a minha morte
Ela simplesmente acontecerá

domingo, 26 de junho de 2011

Eu me perdi

E agora eu ando por ai, com uma fantasia e uma máscara inscrita.
Onde está minha identidade?
Minha personalidade?
De onde vem essa coragem?
Essa vontade?
Ir ou não ir?
Fazer ou não fazer?
Me responda, me ajude.

Eu não cai em um buraco, eu apenas me joguei nele, como uma perfeita idiota.
Sou quem eu sou, faço o que eu quero e depois, arco com as consequências.
Vão, me julguem, falem mal, seus otários.
Eu não tenho medo.
Eu posso não ter nada, mas ainda assim tenho mais que vocês.
Revolucionários...
Haha, pobres revolucionários.
Eu tento, falho e desisto.
Não insisto no mesmo erro.
Dores e mais dores, nunca vou me livrar delas.
Meus remédios, onde vocês estão agora?
Filhos das putas!
Meu corpo ta fraco.
Meus olhos inchados e vermelhos de tanto chorar.
Minha cabeça pesada, além de girar e girar.
O que está acontecendo?
Não quero me compreenda, eu só quero a realidade.
Força!

domingo, 30 de janeiro de 2011

Meu medo, meu receio

Tudo tinha um significado, tudo tinha um por que, uma razão. De repente me deparei com a realidade e inúmeras asas imaginárias caíram do céu sobre meu rosto. Minhas roupas estavam ensangüentadas e em minha casa não havia sobrado nada. Olhei pra cima e não consegui imaginar o quão infinito aquilo era. Estou louca, eu pensava. Meu medo, meu receio. Perdida em uma planície, sem saber para onde ir. Pessoas gritavam por ajuda até não conseguirem mais. Para piorar a chuva começou a cair. Eu me levantei e olhei ao redor, eu era a única sobrevivente. Perder-me na imensidão, esse era meu destino. Não havia futuro, não havia esperanças, não havia soluções. Então eu me levantei e olhei ao redor... eu era a única sobrevivente.


domingo, 26 de dezembro de 2010

Cave sua cova!

Me sinto próxima, muito próxima
de todas essas mentiras, admitam
vocês são mestres nisso.
Não conseguirei me acostumar, mas olha
como eles são espertos, acostumam cada criança que nasce
e os poucos que sobrevivem
a viver nessa enganação, nessa putaria sem fim.
Abuso, acho que é a palavra certa.
quer se dar bem na vida? ABUSE!
Abuse de quem ama,
abuse da paciência de seu amigo,
do dinheiro de seu marido.
Abuse da bondade da sua mãe e da safadeza de seu pai.
Que doentio, você não está entendendo?
Você não vai entender então pare,
não se esforce.
Porque aliás, esforço não traz nada, não te beneficia,
só acaba com sua capacidade física e mental.
Então vá, cave sua cova e se enterre,
irá fazer um bem pra humanidade,
vá, cave sua cova ou melhor, vá se mutilando,
até não restar muita coisa e não aguentar mais,
não irá fazer diferença para ninguém mesmo!
Inúteis no mundo são os filhos do mundo.
Corruptos no mundo são os pais.
Não resta mais tempo, vá.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Non Believer

Ele pertence a outro lugar, longe de mimEntão use o que você tem e persiga o que precisa
Eu acredito que o esperançoso caiu, não sabia seu caminho de voltaTão longe de casa, mas amigo, não estamos sozinhos
E eu prometo escalar de volta e chegar até você
Esperando essa mensagem chegar
Isto é meu? Isto é meu?
Como ele me atrai para dentro
Isto é meu? Isto é meu?
Como as luzes se tornam brancas
Você aceita os descrentes? Pois eu sou um descrente

Ele pertence a outro lugar, onde a dor não é esperança
E as vidas tem todas as chances, não são partes de qualquer plano
Eu acredito que o esperançoso caiu, não sabia seu caminho de volta
Tão longe de casa, mas amigo, não estamos sozinhos
Isto é meu? Isto é meu?
Como ele me atrai para dentro
Isto é meu? Isto é meu?
Como as luzes se tornam brancas
Você aceita os descrente? Pois eu sou um descrente
Você aceita os descrentes? Pois eu sou um descrente.

Vivão ♥

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Cidadão

E assim, ele se vai
Deixando marcas d'agua em sua escrivaninha
A janela aberta em que o vento batia
E a vitrola que era sua companhia
Quando ele passava
Todos se recolhiam
Medo e inveja
É o que eles sentiam de seu vizinho
Mesmo que o tempo se passe
Todos se lembrarão daquele homem
Que vivia no 211

E fazia o que ninguém sabia.


sábado, 27 de novembro de 2010

Brainwash Possession - Violator

"Em um longo tempo
Você caminhava nessas ruas com orgulho
Alegando ser o único
Mas era sempre uma questão de pose

Condenação sem limites
Para mostrar o quanto você se pensou no comando
Finalmente, você encontrará a sua verdade
Apenas um outro seguidor no meio da multidão."


sábado, 20 de novembro de 2010

Felicidade é um estado e não um destino!

Sentada com um dos meus gatos lindos deitado no meu colo, em frente ao computador, sem internet, devido à temerosa chuva que caiu e inundou as ruas, após mais de uma hora e meia sem energia (eu acho), em qual estava em estado sólido, não tinha nada para fazer.
Você para e pensa em como a vida é fácil pra você. Reclamar é o que todo mundo faz. Você não tem tudo o que quer, mas tem muito mais do que necessita ter. Você nunca culpa a si mesmo e sim aos outros. Enfim, quem sou eu pra dizer alguma coisa disso, quem me conhece sabe, o tanto que eu reclamo de tudo, mas apesar dos meus momentos de fúria, stress e arrogância com o próximo têm horas que percebo o que eu tenho. E porra, eu agradeço tanto por ter.
Você não sabe como é não ter ninguém que te ame, que queira cuidar e proteger você, porque você tem. Independente das proibições, chateações que podem te causar, aquelas pessoas te amam, ou ao menos, gostam da sua presença. Sim, eu sei, esse texto está uma merda, mas se eu não disser o que tenho a dizer, eu não serei eu mesma. Eu sei que pelo menos uma vez, um instante em que estava lendo, percebeu algo de importante em sua vida, e esse era meu objetivo. Vejo caso reais e fictícios em que pessoas após passarem por um trauma ou a perca de alguém querido, passam a enxergar sua existência de uma forma diferente. Elas passam a aproveitar cada segundo em que ainda estão respirando e fazem tudo o que elas acham que devem fazer, sem essa de que vai fazer amanhã ou um dia quem sabe.
Muitos por ai devem me achar retardada (como a minha irmã) por escrever essas coisas e ter esse blog ou apenas passam por aqui veem todos esses textos e mal começam a ler e já desistem, achando inúteis, mas foda-se, não estou obrigando ninguém a isso. No inicio fiz ele apenas para ter onde guardar os meus primeiros textos, que por sinais eram horríveis (não estou dizendo que agora eles são bons rs) e claro, já deletei, mas hoje eu escrevo aqui com o intuito de poder ajudar alguém ou ao menos fazer com que alguém, pare e reflita com algum deles.
E eu percebi agora que fugi totalmente do tema e após ter feito isso na minha redação do ENEM, já estou ficando “expert”. Voltando... Há pessoas boas no mundo e também a pessoas de má índole. Há pessoas com metas a serem alcançadas, há pessoas vivendo apenas por viver, há pessoas apenas vivendo por medo da morte e há pessoas de todos os tipos. Então, qual dessas é você? Qual é a sua razão de acordar todos os dias? Quais inspirações você tem? E se tem, porque não as põe em prática? Qual é a pessoa que você morreria por ela? Qual a pessoa que morreria por você? Como você é? Quem é você? É, são tantas perguntas, te garanto que não consegue responder algumas delas imediatamente e mesmo se respondesse não teria certeza absoluta.
Já está ficando bem tarde, todos aqui já estão dormindo e eu aqui, sem sono, escrevendo uma coisa que eu nem sei se alguém vai ter paciência pra ler.
Esses dias, meu namorado me disse que eu deveria ser crítica, diz ele que eu sou boa em criticar tudo, acredito nele, pois faço isso toda hora e é praticando que se aprende né? Eu critico tudo, dês de aparências até gostos e atitudes dos outros e não me importo de fazer isso, eu sei que muitos por ai também me criticam, então só estou retribuindo. Sei lá, às vezes eu me sinto melhor, tudo por culpa da minha baixo-estima. É bom ser sincera, mas como minha mãe diz às vezes a melhor coisa a se fazer é mentir, pois a verdade dói. Então se forem pegar esse conselho de criticar os outros, critique apenas na mente ou fale com alguém que confie muito, porque não será muito bom se a pessoa criticada souber, fica ai essa dica.
Aqui estou eu, novamente, falando uma coisa nada haver, mas sei lá, me deu vontade de dizer isso. Agora o que ocupa minha mente é o que escrever para finalizar, para não parecer àqueles filmes em que você passa o filme todo ansioso para ver o que vai acontecer o final e simplesmente o filme acaba e você diz: “uai, já acabou? Que merda!” e faz aquela cara de espanto, misturado com desentendimento. Então, à uns minutos antes de vim escrever, estava vendo um episódio de “One Tree Hill”, sim é esse seriado que todos dizem que é de “viadinho” e que meu namorado chama de “malhação internacional” mas que independente disso eu gosto. Um personagem lá o "Julian” disse que esteve pensando nessa coisa toda de “ser feliz”. Ele sente que as pessoas se perdem quando pensam na felicidade como um destino. E que estamos sempre pensando que algum dia seremos felizes, teremos aquele carro ou aquele emprego ou a pessoa de nossas vidas que vai resolver tudo. Mas ele conclui que a felicidade é um estado, é uma condição e não um destino. É como estar cansado ou com fome. Não é permanente. E que vai e volta e está tudo certo. Ele sente também que se as pessoas pensassem nisso dessa forma, elas encontrariam a felicidade muito mais vezes.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Algo que não tem nome

Deveria existir uma palavra para demonstrar isso que eu sinto. É uma sensação que vai além do que achamos que seja. Um sentimento inexplicável, incoerente, alucinógeno e raro, são poucos que têm a honra de poder senti-lo. Ele não surge com o tempo, mas sim quando você menos esperar. Ele te possui, vira uma espécie de “dono”. É ele quem manda nos seus atos, nas suas falas, nos seus pensamentos. Ele te transforma numa outra pessoa completamente diferente. Vários defeitos surgirão... Medo, fraqueza e angustia serão uns deles. Você também será capaz de fazer coisas absurdas por ele, absurdas, mas também consideradas corajosas. Você fará qualquer coisa por ele. Você morrerá por ele! Se um dia você tiver essa oportunidade, por favor, aproveite o máximo, o máximo que ele puder te oferecer. Você só o perderá se quiser. Fora isso o terá contigo pro resto de sua vida, ou melhor, muito além após sua vida.Ele é um sentimento forte e intenso como a paixão, mas não é passageira como ela. Ele é o mais puro verdadeiro. Amor? Não... Ele é muito maior que o amor. Ele vai além do amor. Talvez um dia inventem um nome digno para ele. Enquanto isso, já que não posso dizê-lo, eu vou sentindo-o.

O que ele dizia

Ele dizia: Pára, pára!
Mas não, eu não conseguia parar de me rebaixar.
A vergonha estava estampada na minha cara e eu não sabia como retirar.
Eu implorei por qualquer palavra, mas ele se calou.
Então o silêncio tomou conta, e apenas sobrou a dor.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Era só ela e a frustração

Ela só queria esquecer daquilo que estava domando seus pensamentos, era a hora certa pra ela se lembrar daqueles momentos que foram engraçados e começar a dar risada sozinha. Estava difícil, ela já não enxergava, nem falava nada, tinha um nó em sua garganta, uma sensação péssima tomando conta, seus olhos tremiam avermelhados dando indícios de choro. O tempo estava parado, nada se movia. Só desespero. Fleches de cenas desprezíveis apareciam a toda hora, ela ouvia vozes dizendo frases horríveis, gemidos e coisas nojentas que embrulhavam o estômago. O ódio já tinha tomado conta de si, a partir daí, ela já não era mais responsável pelos seus atos. Seu sangue estava borbulhando e seu corpo estava anestesiado, sua mente paralisada naquilo. Ninguém para lhe ajudar, ninguém para conversar, ninguém para espancar. Era só ela e a frustração.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Saturday Night

Meu dia não é a mesma coisa sem você. O álcool aliviou a saudade e me fez esquecer do que eu não queria lembrar. Mas isso foi temporário. Logo após bateu a sensação de um vazio, eu me senti incompleta, como se metade de mim não estivesse ali comigo. Dormi por cerca de três horas, acordei e estou aqui agora... Pensando onde e como você está. Neste momento o tempo é meu inimigo. Eu preciso te ver, eu necessito, eu vivo por você. Eu te amo agora e vou amar sempre.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Kate Evans – Amanhã será apenas hoje

O despertador toca e mais um dia começa, Kate já não sabe como começar. Perdida, ela apenas toma um banho, veste uma de suas roupas velhas e vulgares e vai para rua trabalhar. Mas porra, já? É... Kate não perde tempo, os vícios tomaram conta dela e sua única preocupação agora é se vai conseguir dinheiro suficiente para mais uma louca viagem, aquela essencial que a tira dessa merda de mundo e a leva para um espetacular, mas como dizem o que é bom, dura pouco e sempre tem suas conseqüências. Insatisfeita, naquele dia, Kate decidiu ir além, foi pro local mais movimentado do bairro e fez o que tinha que fazer, como ninguém ali sabia seu preço, então ela pôde cobrar mais caro. Kate saiu com pessoas de todos os tipos, cores e raças... Exausta, Kate foi para sua humilde casa, sozinha, numa das noites mais temerosas de Los Angeles, foi até o banheiro, se olhou no espelho e já não se conhecia mais, seus lindos cabelos negros e compridos cobriam sua face branca e seus lábios roxos como um defunto. Com um frio do caralho, Kate não sabia o que fazer, não tinha uma lareira, nem agasalhos, apenas um edredom pequeno e surrado... Não tinha família, amigos nem ninguém, era só ela e os clientes todos os dias.
“20 anos? Não é possível”. Isso é o que sempre diziam sobre
Kate, a vida a deixou com aquela aparência, de acabada, mal tratada, por mais que ela fosse linda, mas fazer o que? Que culpa tinha?Kate era valorizada por poucos... Dan participava disso, ele era seu cliente há anos, na verdade foi o primeiro, dês de que a família de Kate foi morta pelo seu pai alcoólatra. Ela foi a única que conseguiu escapar, imediatamente encontrou Dan e o pediu ajuda, foi o que a ofereceu uma proposta e tudo começou daqui. Dan a trata super bem, ela agradece a ele sempre por isso, diferente dos seus outros clientes.Kate sofre. Cada pessoa tem sua preferência e não aceita um não como resposta, ela que se vire para conseguir satisfazê-los. Tem aqueles com os gostos mais estranhos possíveis, em que geralmente Kate faz papel de masoquista... Mas Kate não se importava esse é o modo dela ganhar a vida, o modo de conseguir acordar todos os dias. Enfim, naquela noite, Kate percebeu que por mais que tinha se esforçado, não encontrara a satisfação, ela sempre queria mais e mais e tinha a esperança de que um dia, a vida dela iria mudar num piscar de olhos. Tremendo, Kate fumava seus cigarros acompanhados por uma pequena e velha garrafa de uísque, daqueles bem vagabundos, que ela guardou para quando chegasse o inverno, ela ter com o quer se esquentar e para completar ela ouvia sua música preferida, a música que ela escutava todas as noites, a música que entendia ela, que dava forças pra ela, a música perfeita: a faixa dois do disco “American IV: The Man Comes Around” do Johnny Cash (que aliás é um cover de Nine Inch Nails
). Alí, diante de seus olhos grandes com cílios volumosos, se passava mais uma noite na vida de Kate, e assim, lágrimas e lágrimas corriam sobre sua face.
Amanhecendo, o sol tomou conta de sua casa e Kate na mesma situação. Ela não dormiu, não comeu e se quer levantou de onde estava, passou àquelas horas ali, sentada, coberta pelo seu edredom, embriagada.
Mas ela não podia continuar assim, devia ir trabalhar. No banho,
Kate chorou mais, ela podia observar todas as suas cicatrizes e hematomas que seu pai havia deixado. Com ódio, Kate saía todos os dias, na esperança de encontrar com ele e poder fazer-lo pagar por tudo que ele fez a ela e a sua família.
“Hoje é quarta-feira... Dia de ver o Dan” Pensa
Kate. Animada, ela foi até um mercadinho próximo a sua casa e comprou uns pães e um suco. Parece bom, poder tomar um café da manhã, mas quem disse? Isso servia como todas suas refeições do dia. Saindo de lá, Kate encontra com Dan e vai para casa dele. Dan, já está ficando velho, já dá para reparar rugas em seu rosto, fios de cabelos brancos tomando conta de sua cabeça e seu cansaço e indisposição para tudo, mas mesmo assim ele fica ansioso todas as semanas, ele sempre quer aproveitar o máximo que conseguir. Chegando lá, eles são surpreendidos por dois assaltantes, que imediatamente colocam armas sobre suas cabeças e injetam uma boa dose de heroína nos dois. Os dois apagam, depois de horas, Kate acorda desesperada, nua e toda suja de sangue, eles a estupraram. Cambaleando ela sai pela casa procurando Dan, o engraçado é que ela não o achou por inteiro, partes do corpo dele estavam espalhadas pela casa inteira. Kate desamparada tremia loucamente à busca de uma solução. Como esperado ela não encontra. Ela pega uma bolsa de viagem e coloca tudo de mais valioso que restou, o que mais necessita e vai embora. Naquele dia, ela sabia que nada mais estava esperando por ela, e se perguntava por que tudo aquilo tinha que acontecer. Após o trauma Kate passou dias e noites trancada em casa, sem dinheiro, sem comida, apenas drogas e drogas, era o que a sustentava.
Descrente, ela não pensava mais, não agia, não falava.
Mas um belo dia (talvez nem tão belo assim)
Kate se levanta e decide ir à luta. Preocupada, ela vai até o posto de saúde mais próximo e faz os testes para doenças sexualmente transmissíveis, ela precisava fazer, os sintomas estavam cada vez mais fortes e cada dia a mais ela sentia que estava chegando seu fim. Embora ela nunca tivesse se preocupado com isso antes. Está pronto, agora só falta chegar o amanhã e ela receber os resultados.
Ainda drogada, ela se levanta e vai até o espelho do seu banheiro, ela já não vê a mesma pessoa de antes, seus cabelos estavam com uma aparência de sujo, seus olhos em s de negros estavam vermelhos fogo, seu rosto já não apresentava mais inocência e seu corpo cada vez pior, assim não conseguiria mais clientes, isso se ela quisesse passar por tudo aquilo de novo. Mas a necessidade era muita, no banho, ela percebe que a quantidade de água foi diminuindo até acabar, não tinha telefone e mais uns dias também não teria energia. A situação estava tensa. Ainda ensaboada,
Kate veste a mesma roupa do dia anterior, já que não tinha como lavar às outras e vai até um hospital público, confirmar o que ela já sabia. Kate não quer mais voltar pra casa, ela queria morrer naquele momento, sem saber que seu corpo já estava perdendo suas defesas por causa da AIDS, deixando assim, mas fácil o caminho para a morte. Mas o que a impedia de deixar o mundo era a vingança.Kate vai até sua antiga casa procurar pistas para descobrir onde seu desgraçado pai estava, por um lado foi bom. Ela teve lembranças boas de seu passado, de quando ela não passava de uma criança com sua família feliz. Ela se lembrou de momentos com sua irmã caçula e seu irmão que ainda era bebê, em um velho balanço que tinha no fundo do quintal. Lembrou de como a sua mãe penteava os seus belos fios de cabelos, com a maior delicadeza e amor que qualquer mãe tem. Mas como eu disse o que é bom, dura pouco. Kate se lembrou do pior dia da vida dela, na sala de estar, ela reveu a cena em que todos morriam. Saiu correndo aos prantos para o maldito quarto onde seu pai dormia, achou uma caixa com coisas dele, documentos, fotos e até uns endereços e telefones de parentes distantes. É lá que ela iria procurá-lo. Mas pra que ela chegasse lá, necessitava de dinheiro, então Kate volta a sua vida e encara mais uma noite de programa. Em um novo “point”, Kate fez amizades. Ela conheceu Abbie, uma linda moça magra, loira dos olhos verdes, com uma pele linda e quem olham assim nem acredita que ela entrou no “ramo” e Cindy a mais famosa, a mais procurada por todos os homens em que ali frequentavam. Kate e Cindy fizeram de tudo para convencer Abbie a sair dessa vida, mas ela teimosa, dizia que não tinha nada a perder. Infelizmente durou pouco. Fazia uns meses já que Kate tinha voltado, ela diminuiu o uso das drogas para poder sobrar mais dinheiro e quando batia vontade era só se lembrar de tudo, que a vontade passava. Na noite de 31 de Dezembro, Kate, Abbie e Cindy estavam animadas, era uma das noites mais movimentadas, geralmente ganhavam a quantidade que elas ganham em um mês. Na metade da noite, Kate já tinha quase todo o dinheiro, faltava pouco, e logo aparece um carro cheio de adolescentes bêbados, a procura de três mulheres para se divertirem e comemorarem a maioridade de um dos seus amigos. As três topam na hora. “Que mal esses garotos podem nos fazer?” Elas pensaram. Então entraram no carro e se divertiram o resto da noite. Porém Kate não contou seu segredo nem a amigas nem a eles, nesse tempo todo, ela saiu com dezenas de homens e transmitiu AIDS para todos eles, ela não se importava.
No outro dia de um novo ano,
Kate foi até a casa de Cindy se despedir, ela iria partir a procura do pai. Cindy estava triste, fora de si e deu à má noticia para Kate. Ela contou que Abbie após aquela noite tinha desaparecido e encontram o corpo dela em uma estrada muito distante. As duas se arrependeram, deviam ter ido além para impedir Abbie. Então Kate teve uma recaída. Ela saiu imediatamente e voltou para casa de Cindy com um terço do seu dinheiro em drogas, e ali se passou mais um dia de sua horrorosa vida. Para completar o dinheiro novamente, Kate vende seu precioso disco, com o coração na mão ela se desfaz dele.
Após completar o dinheiro ela vai de
metrô a metrô em busca da cidade de seus parentes distantes. Ao chegar ao ponto final ela telefona para um dos números que encontrou e escuta uma voz de mulher idosa, uma voz rouca e singela dizendo “alô”, suas mãos começam a tremer, ela temia que aquela era sua avó paterna que nunca tivera conhecido. Ela conta a situação para a mulher e quando percebe está falando sozinha, ela havia desligado o telefone. Faminta, Kate faz uma de suas melhores refeições da vida, depois de anos ela estava satisfeita. Necessitando de dinheiro, Kate vai para as ruas novamente, e dessa vez encontrou um rapaz muito bonito só que achou o rosto dele muito familiar, mas mesmo assim, ela saiu com ele, eles conversaram um pouco, ambos estavam desiludidos e revoltados, após um contar a história para o outro eles repararam que estavam falando da mesma pessoa. O seu pai. Kate então descobre que aquele era um irmão paterno também desconhecido e como já tinha reparado certa semelhança, ficou convencida.
Ele então leva
Kate a sua casa e a mostra os seus outros irmãos. Ela fica surpresa, seu pai já tinha outra família, porém ele os abandonou uns dias antes da ligação. Kate o pede ajuda, mas seu irmão rejeita, disse que jamais iria se envolver nisso e que seu pai já havia causado grandes problemas. Kate insiste então ele a expulsa de sua casa. Kate vai embora revoltada, era tanta coisa nova que ela estava descobrindo, mas que não a levava em lugar algum. Enfurecida porque ao menos descobriu o nome de seu irmão, Kate passa a noite na rua, comprou umas bebidas e dormiu no primeiro cantinho que encontrou. No outro dia, ela tomou um banho, em um daqueles banheiros comunitários que ali havia. Kate ficou aliviada, estava precisando. Seu corpo cada dia pior, seu rosto tinha perdido suas expressões, um sorriso? Fazia um tempo que não aparecia.
Passaram-se alguns dias e em todos eles
Kate foi à procura de seu pai. Passou todas essas noites em ruas escuras e perigosas, foi assaltada varias vezes, mas isso não conta, porque Kate não tinha nada para ser roubado. Nesses dias ela começou a sentir uma sensação estranha, ânsias de vômitos se tornavam cada vez mais frequentes. Kate já imaginava o que podia ser, mas não queria acreditar. Sim, ela estava grávida, não tinha mais duvida, ela fez o teste, só faltava descobrir de quem. Kate fez seus cálculos e percebeu que o ultimo com quem teve relações sexuais, se encaixava perfeitamente na data, era ele, o seu irmão paterno. Kate não acreditou, não era possível, mas uma vez a sua vida desmoronava diante de seus olhos, ela não sabia o que fazer nem como cuidar dessa criança. Kate ao menos tinha uma casa. Como sua única opção Kate retorna a casa de seu irmão e conta a novidade (ou a desgraça), ele fica surpreso. De primeira ele achou que aquilo tudo não passava de uma mentira inventada por Kate, mesmo que ele tenha a conhecido há pouco tempo, achava que ela seria capaz de qualquer coisa para conseguir o que queria. E ele não estava errado, mas mesmo assim, pensando melhor com o tempo ele acabou acreditando que fosse possível e percebendo que também tinha “culpa no cartório”, assim, aceitou assumir e daí em diante Kate passaria a morar lá, tendo acompanhamento e apoio por Keith (ela finalmente descobrira seu nome).
Mas
Keith disse que teria umas condições. A primeira é que ela teria que esquecer essa história de se vingar do pai deles, a segunda é que devia largar totalmente as drogas e a terceira era que ela tinha que recomeçar a sua vida. Kate aceita. O tempo vai passando e ela vai melhorando, estava tomando todos os remédios necessários para o tratamento da AIDS e para sua gravidez. Kate sentia que tinha uma família com Keith e seus outros irmãozinhos, um família não muito comum, mas não deixava de ser uma.
Meses se passaram...
Numa manhã linda e harmoniosa,
Kate levanta de sua cama com uma dor insuportável, ela sentia umas pontadas agonizantes que não conseguia explicar. Kate estava com o rosto pálido e ao se olhar no espelho, se lembrou de como era em Los Angeles. Kate começou a ter complicações na gravidez. Ela correu imediatamente para o hospital em que Keith trabalhava, e pediu para ser atendida urgente. Após fazer vários exames, preocupada em perder o bebê, Kate andava rapidamente pelos corredores do hospital esperando alguma noticia. Então ela é surpreendida por seu médico e Keith, eles a pedem para se acalmar e começam a dizer que o bebê está bem, apesar da AIDS que ele contraiu de Kate ele não apresenta nenhuma anomalia nem deformação e é uma menina, até agora boas notícias, mas Kate começa a se questionar porque então, Keith estava com os olhos cheios de lágrimas e aquela expressão facial de desespero. Eles também a dizem que o bebe nascerá prematuro e que Kate corre um risco de 95% de chance de morrer no parto. Era ela ou o bebê. E quem ainda pergunta? Kate diz que vai ter o bebe. Agora Kate não tem com o que mais se preocupar, seu parto seria daqui a uns dias e sua vida estava completamente arruinada.
Ela então vai para as ruas e assalta uma idosa indefesa, com aquele dinheiro ela comprou bebida suficiente para deixá-la bêbada até o dia do parto e com o que sobrou,
Kate comprou novamente seu disco de 2002 do Johnny Cash, ela necessitava escutar “Hurt” sua música predileta novamente antes de morrer.
E na decadência foram os últimos dias de
Kate...
Chegou o dia esperado (ou nem tão esperado assim),
Kate se encaminhou para o hospital, pois seria uma cesariana, mas antes ela faz dois pedidos a Keith. Kate pede para Keith comprar um aparelho de som, levar ao hospital e na hora do parto, colocar a sua música e o outro era pra ele encontrasse o seu pai e o levasse lá.
As horas foram passando e o nervosismo de
Kate só aumentava mais, ela só começaria o parto (a sua morte) na hora em que tudo estivesse certo. Keith chegou a tempo, ligou o aparelho de som e colocou sua música, os médicos começaram a se preparar. Kate tinha pouco tempo antes de dormir com a anestesia e não acordar mais. Infelizmente, esse pouco tempo acabou e Keith ainda não tinha aparecido com o seu pai, ele estava do lado de fora da sala e não queria entrar. Aplicaram a anestesia em Kate, Keith e seu pai entram na sala, ela ainda consciente faz Keith jurar que vai tomar conta do bebê, que se chamaria Nancy, e com isso o tempo se passava, com a voz devagar e baixinha Kate disse para seu pai que o odeia e sempre o odiou, que deseja que tudo de ruim aconteça a ele, o proibi de fazer parte da vida de Nancy, conta que ela só conseguiu viver até hoje porque queria se vingar e canta um pedaço da música, “and you could have it all; my empire of dirt, I will let you down, I will make you hurt...”. Kate fez seu pai chorar. E a última coisa que ela sentiu foi uma lágrima que caiu sobre seu rosto e foi escorregando devagar até seus lábios gelados.