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domingo, 29 de dezembro de 2013

Líbido Sombrio

E da minha boca escorria aquele líquido púrpuro
Com gosto de amora estragada
Mas mesmo assim você lambia e mordia
Saboreava o líbido sombrio o qual a mim não pertencia
Lubrificava e se espantava com a velocidade do desejo
Ardente como a bola de fogo que se expandia sobre a cortina a qual nos escondia
Você gritava, eu calada
Apenas ouvindo os sinos que encoravam minha cintura
Um som perturbador, delirante de frieza
E quanto mais eu o sugava para dentro, buscando o apelo
Menos eu encontrava os vestígios desencadeados daquele incêndio
Menos eu encontrava os singelos pedaços que eu acho que restaram de mim.

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