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segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Não há esperança, não há solução

Meus dentes rangem na madrugada
Meus olhos não enxergam mais
Meu coração nunca vi tão
disparado

Desamparada a cada passo

Já não sinto mais meu corpo
E quando sinto uma pena causa dor profunda

Não precisava nem dizer o que eu ouço
São barulhos, perturbantes, agonizantes
Vozes, gritos, tenham piedade

Como isso está me consumindo
Nem sonhar mais eu consigo
Estou vivendo sem esperanças
Sem desejos

Não acredito mais em nada que possa me segurar
Não sei se posso continuar
Eu queria em algo acreditar
Mas a vida não me da escolha

Minhas mãos tremem a todo momento
Minhas unhas racham, quebram
Meus olhos perderam o brilho

As estrelas não me encantam mais
Elas me assustam

Não há mais sentido
Nada tem sentido
Nunca teve sentido

Porque meus olhos não se abrem mais?
Meu cabelo não cresce, só cai

Estou em um precipício prestes a cair
Eu só preciso que o céu colabore
E faça ventar mais forte

Assim eu não causarei a minha morte
Ela simplesmente acontecerá

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